quinta-feira, 1 de julho de 2021

Ministério Público abre investigação criminal sobre contrato da vacina Covaxin

 


A Procuradoria da República no Distrito Federal informou nesta quarta-feira (30), que abriu uma investigação criminal sobre as negociações para aquisição da vacina contra a Covid-19 Covaxin, produzida na Índia. Até então, a apuração tinha caráter preliminar. A decisão foi tomada pelo 11º Ofício de Combate ao Crime e à Improbidade Administrativa da Procuradoria.

Nesta quarta, a Polícia Federal também abriu um inquérito para investigar as negociações.

As negociações envolvendo a aquisição da Covaxin são alvos do Ministério Público e da CPI da Covid no Senado Federal. O imunizante é o mais caro negociado pelo governo federal até agora, e o contrato foi suspenso nesta terça (29).

Sobre a denúncia

O contrato foi firmado entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos, empresa responsável pela ponte entre o governo federal e o laboratório que produz a vacina na Índia. A empresa é a única intermediária que não possui vínculo com a indústria de vacinas.

Em depoimento à CPI da Covid, na semana passada, o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão dele, Luis Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, disseram ter relatado ao presidente Jair Bolsonaro as suspeitas envolvendo a Covaxin.

Segundo Luis Miranda, ao ouvir o relato, Bolsonaro citou o nome do deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara. Barros nega envolvimento em irregularidades.

Um dia antes do depoimento do irmãos Miranda à CPI, Bolsonaro disse em uma rede social que houve a reunião com o deputado, mas negou que tivesse sido avisado sobre as suspeitas. À Procuradoria Geral da República, porém, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello disse ter sido avisado por Bolsonaro.

G1

Fiocruz antecipa entrega de 3 milhões de doses ao Ministério da Saúde


A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) antecipou para hoje (30) a entrega de 3 milhões de doses da vacina Oxford-Astrazeneca contra covid-19 ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). Inicialmente, esta remessa seria entregue na próxima sexta-feira (2).

Segundo a Fiocruz, a antecipação foi possível por conta da liberação de lotes pelo controle de qualidade, que ocorreu no início da semana. Cerca de 148 mil doses ficarão no Rio de Janeiro.

Desta forma, a fundação chega a 65,9 milhões de doses entregues ao PNI, incluindo as 4 milhões de vacinas importadas do Instituto Serum, na índia. Só no mês de junho, foram fornecidos mais de 18 milhões de imunizantes.

A Fiocruz tem ingrediente farmacêutico ativo (IFA) para entregas semanais da vacina até 23 de julho.

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